Em seu primeiro livro de não ficção, o premiado autor de A culpa é das estrelas analisa as contradições e as maravilhas da humanidade
Que John Green é um dos autores contemporâneos mais queridos não é novidade. Sua sensibilidade e seu talento para traçar histórias inesquecíveis tornaram seus romances sucessos mundiais, e agora o celebrado escritor nos oferece uma necessária dose de esperança em sua estreia na não ficção. Refletindo sobre temas que vão de Super Mario Kart e o pôr do sol a pinturas rupestres e o hábito de procurar estranhos no Google, os ensaios perspicazes e bem-humorados reunidos nesta coletânea são uma celebração genuína da capacidade humana de se apaixonar pelo mundo.
O termo “Antropoceno” foi proposto para designar a era geológica atual, em que os seres humanos remodelaram o planeta e sua biodiversidade de maneira profunda, para o bem e para o mal. A humanidade é cheia de facetas contraditórias e invenções intrigantes, e John Green se propõe a avaliá-las de forma nada imparcial. Afinal, no Antropoceno, não há observadores desinteressados, apenas participantes. Como o próprio autor reconhece, esses ensaios também são, de certa forma, uma autobiografia.
Escrito em parte durante o turbulento período de pandemia global e baseado em seu podcast de sucesso,Antropoceno: notas sobre a vida na Terra nos guia pelas sutilezas dessa nova realidade e nos dá a segurança de que podemos até desconhecer o caminho que estamos seguindo, mas com certeza estamos em boa companhia.